Reflexões primeiras

2013 chega com mais um ciclo de nosso planeta se completando.

Há 11 dias até o famoso calendário Maya entrou em compasso com o nosso.

Confesso que toda a mística dos Mayas, aliado ao desrespeito e ignorância das nossas mídias, me fez refletir e verificar que triste a realidade em que vivemos.

Uma cultura milenar sendo desrespeitada até por Willian Bonner em pleno Jornal Nacional. Esse sim é o fim dos tempos.

Antes de nós existirmos enquanto civilização esse povo já estava organizado, lendo, escrevendo, praticando agricultura de precisão e construindo cidades.

Hoje a Nação Web não sabe interagir ou mesmo respeitar antigos e sábios costumes. Só se curte, compartilha e comenta, mas tudo completamente virtual.

Sou da Geração 80, com música lenta no meio dos bailes, com músicos que faziam música e poesia, com conteúdo até hoje real. Não temos mais isso, nem de perto.

Espero de coração que 2013 possa ser um divisor de águas para a humanidade, com mais civilidade, amor ao próximo e respeito com as pessoas, ideias, cores e credos. Que consigamos ver, de fato, um mundo mais socialmente justo, consciente e menos corrupto.

Um grande abraço a todos os meus amigos e parentes.

Um especial aos meus dois tesouros, meus filhos, Fernanda e Gabriel, que são as sementes que deixo nesse mundo de esperança. Eles farão a diferença. Uma diferença ética.

Contagiem seus filhos, neles podemos buscar uma esperança maior e sustentável.

Que venha 2013!!!

E por falar em esperança, esse é o tema de uma poesia conhecida de Mário Quintana, a qual compartilho com vocês...

Esperança

por Mário Quintana

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Saudades de vê-los juntos...

Meus filhos, minha vida.

Fi-los porque qui-los

Há pequenos momentos na vida de uma pessoa que nos remetem à grandes conquistas.

Sempre quis ter filhos. Filhos são continuidade de uma vida que dividimos com nossos parentes, antepassados ou descendentes.

Parafraseando Saramago, a vida nos empresta os filhos. Sim, é isso, é um empréstimo para que possamos ajudá-los a moldar seu caráter e personalidade. Dessa forma sabemos que nossa continuidade no mundo valerá. E será sempre através deles.

Ontem vendo meus dois filhos juntos e brincando no chão da sala me fez sorrir. Minha filha de dezesseis anos e meu filho de dois anos.

Um dia serão eles que sentirão essa alegria. Embora talvez eu não esteja com eles nesse momento, minha alegria e meu espírito sempre os acompanharão a cada sorriso estampado e a cada lágrima excluída de seus olhos.

Amo ser pai. Amo meus filhos. Amo nossas vidas. Vidas emprestadas que se somam e constróem um legado Baeta de fazer o bem e sorrir a qualquer preço.

Espero que eles entendam que "Um dia sem riso é um dia perdido", frase que nunca esqueci do eterno Charles Chaplin.

Não entendo pessoas que não sorriem, que maltratam outras pessoas ou que não queiram ter filhos.

Essas pessoas deviam sempre lembrar que já foram filhos. E quando filhos e pequenos alguém já os fizeram sorrir. E essas pessoas que as fizeram sorrir...jamais teriam a coragem, ou a imbecilidade, de fazê-las algum mal.

Uma vida é sempre uma benção. E filhos são continuidade de uma vida abençoada.

Portanto, quero sempre dizer o que sinto e dividir com Fernanda e Gabriel todo esse amor que por eles eu tenho.

Filhos.

Filha.

Filho.

Eu mesmo.

Nós todos.

Continuidade.

Caminho.

Frase do dia

"Eu até posso ser um cara todo errado, mas de certo, o meu acerto, é ter dois filhos lindos que amo tanto e que me dão razão para tudo que tento acertar!"