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domingo, 14 de julho de 2013

Domingo especial

Dominicus est!!!!

Domingo por si já é uma data especial de descanso, reflexão, reposição de energias, sorrisos e preparação para o que mais vier na semana que se inicia.
O dia 14 ficou marcado em minha vida como a divisão de duas etapas distintas. É como se a partir de então eu tivesse assumido duas vidas paralelas, uma que levo desde que nasci e outra que começou há exatos seis meses.
No dia 14/01/2013 estava de férias no Chile, passeando de carro pelo sul do país e iniciando uma pernoite na cidade de Chillan. Até então as férias estavam maravilhosas. Além das belezas chilenas tive a oportunidade de conhecer meus primos Fabrício Baeta e Joselyn Cordero e participar como padrinho de seu enlace oficial. Foi uma experiência inesquecível.
Essa família linda está crescendo.
Bom, mas voltando ao dia 14/01, por volta das 23h senti um aperto no peito e fui ao hospital público de Chillan para receber a notícia que mudou em muito minha vida. Eu estava tendo um infarto.
Com exatos 4.0 de idade na versão flex power e air-bag de série.
Foram quase duas semanas entre internações, UTIs, remoção para Concepción, mais UTIs e muitas experiências com pessoas lutando a mesma luta que eu naquele momento. Lutávamos pela vida. Lutávamos por uma "nova" vida.



Conheci pacientes, histórias, enfermeiras, enfermeiros, médicos, médicas e diversas pessoas que me ajudaram a superar. Pessoas dedicadas e altamente profissionais. Pude me aproximar da minha fé e de meu pai. Pude contar com preces, rezas, bênçãos, orações, contos, pontos, patuás, mantras e todo tipo de boas vibrações e energias de amigos e familiares de diversas convicções religiosas.
Saí fortalecido.
Saí embevecido. Orgulhoso de ter tanta gente do bem torcendo por mim em um momento difícil.
De fato tive momentos em que achei que não conseguiria. Viver a experiência de uma UTI coronária em um hospital que tinha parte de sua estrutura ainda destruída pelo terremoto de 2010 me fez participar de muitas experiências ricas, mas dolorosas. Ver crianças, extrema unção, cirurgias complicadas dentro da própria UTI, pessoas que perderam a batalha, pessoas que saíram vencedoras, famílias que celebravam ou curtiam seus lutos....enfim...me fez entender o tamanho de nossas vidas e a importância de vivê-la plenamente e conectado com as emanações da corrente do BEM ainda mais.

Minha avó Heloísa já dizia: "Aqui se faz, aqui se paga".
Essa dívida não pode ser postergada. Se a contraímos...temos de fazer o possível para liquidá-la em vida.

Hoje completam seis meses que tive meu infarto.
Só imaginar que meus pequenos, Fernanda e Gabriel, ficariam sem seu implicante pai me ajudou a ter forças e, junto com as energias enviadas e a presença de meu pai, me fazer chegar perto de uma porta e mantê-la fechada por um bom tempo.
Obrigado a todos pelo carinho e pela ajuda a me fazer sair dessa.
A estrada ainda é longa. Longa e com muitos remédios, mudanças de hábitos, atividades físicas e mente serena.
Meu coração, em função de uma dificuldade de atendimento pela minha operadora de plano de saúde no exterior (apesar de eu ter me prevenido e ter feito todos os trâmites necessários antes da viagem) ainda não está 100%, tampouco ficará. Tive uma região necrosada por causa da demora do atendimento. A recuperação é lenta, mas está acontecendo.
Já diminuí meu ronco em 90%, perdi 20 cm de cintura e 12 Kg. Tenho que melhorar ainda meu condicionamento.
De qualquer forma, estou na batalha.
Ao Chile ficam as boas lembranças e o gostinho de retornar para completar meus descobrimentos na terra do povo Mapuche.
Meu infarto teve uma contribuição genética forte, mas teve alguns fatores que quero compartilhar com meus parentes e amigos. Má alimentação e sedentarismo contribuíram bastante para chegar onde cheguei. O pior é saber que cheguei a esse ponto por má administração de minha própria vida.
Às vezes nos envolvemos em nossas vidas com tamanha intensidade profissional e nos esquecemos que se não estivermos bem de saúde, nada fluirá direito.
Bem de saúde não é só ter tempo para se alimentar adequadamente e se exercitar, mas saber administrar seu tempo entre o trabalho, a família, a saúde e seus amigos. Amigos sim. Pois nas horas boas e más, quando amigos de verdade, é com eles que podemos contar. Como contei com Adelle e Ricardo Duarte no Chile e posteriormente minha Dona Dotye. Assim como meu Bael, Fabrício e tia Alice, que no Chile estiveram. Mas com muitos outros parentes e amigos que lá não estavam apenas fisicamente, mas que me faziam sentir sua força de onde estivessem.

"Não temos como refazer o passado, mas o futuro está à nossa disposição, para ganharmos ou perdermos".
                                                                                    Lyndon Johnson

A boa notícia é que a festa de aniversário terá agora duas datas...o tradicional 24/07 e agora a nova data de 14/01.
Espero que todos que puderem ler esse meu desabafo façam por onde não chegar onde cheguei para que possamos celebrar sempre...não só à amizade....mas à vida!

Bom domingo cheio de vida a todos!!!



segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Desde que o samba é samba...

Eu amo o Carnaval. 
Essa energia dos blocos de rua do meu RJ, a Mocidade Independente de Padre Miguel e o Império Serrano, essa mistura de futebol com samba, descontração e calor humano, banho de mar e água de coco.
Acho que nasci no samba e no meio dessa mística. Nasci embalado ao som do Cacique de Ramos e do Regional Fundo de Quintal.
Infelizmente esse ano estou mais no sapatinho do que imaginava. Meu susto, um infarte extenso que tive dia 14/01, me fez ficar de molho e, quando muito, assitir a alegria pela TV.
Mas faz parte de um recomeço.
Estou cuidando da saúde física, mental e espiritual para voltar 100% em março e nunca mais passar por isso.
No RJ pude ir à praia, mas rápido, sem mergulhar, sem sair da barraca, sem caminhar muito, sem beber, e um monte de outros "sem".... só para tomar um banho de sal grosso de baldinho!!!! rs Valeu assim mesmo.
Estou aproveitando para colocar minha leitura em dia, estou acabando de ler o presente que ganhei de Ivanna e Ralph, o livro "Desde que o Samba é Samba", do Paulo Lins. Muito bacana e com o enredo da região onde a Apoteose se instalou. 
Ano que vem...bom....aí é outra história. Meu RJ saberá me aguardar no Carnaval.
Poderá ser diferente, sem excessos. Excessos só de alegria e de celebração por uma oportunidade de viver plenamente.
O Império fez bonito e pode até subir. A Mocidade, bem, como diria...não curti muito essa mistura com rock. Muitos elementos de samba-rock poderiam ter sido utilizados. Hoje temos os destaques de Marcelo D2, que faz o rap com o samba, mas temos Sambô mandando bem no quesito. E não foram utilizados.
Serguei não é das melhores imagens a serem exploradas pelo rock. Sem contar que nunca teve afinidade com a Escola. Bacana ver sua energia nessa idade, mas creio que merecia mais. O rock nacional é muito rico em bandas dos anos 80 que expressariam muito mais o Carnaval que as Winehouses da vida, que nem sei se é rock.
O saudoso Mestre André deve ter se revirado todo com essa tentativa de inovar na famosa Bateria Nota 10. Mas não ficou de todo ruim. O pandeiro com a guitarra foi original. Tá certo que até aqui nos churrascos Baeta já tivemos esses elementos juntos, não tão bem tocado o pandeiro (e sim a guitarra!), mas já tivemos!
Pelo menos Fernanda está me representando nos blocos! Meu orgulho!
Gabriel, por aqui em Natal, dá seus passos... mas ainda não curte a muvuca tampouco a mundiça! Um dia ele curtirá.
A Unidos da Tijuca, escola da minha filha, representou bem o Borel, mas foi penalizada pelo preciosismo do gênio Paulo Barros em alguns exageros nos carros alegóricos e pelo azar com alguns integrantes.
Hoje tem Mangueira.
Aqui em Natal o Bloco Poetas, Carecas, Bruxas e Lobisomens se consolida à cada ano. Muito bacana. Não pude ir esse ano, mas vi as reportagens e o destaque do meu amigo "Alberto da Meia Noite".
Ficar um Carnaval sem poder sambar, nem em casa, é duro. Mas será recompensado.

Um brinde (de água de coco) ao Carnaval!