terça-feira, 9 de setembro de 2014

Inversão total de valores

Sinceramente não sei nem mais no que refletir diante de tantos absurdos que tenho lido ultimamente. Direitos Humanos são direitos, não podem servir de plataforma política.
Porque é tão complicado para pessoas de bem aceitar o óbvio? Aceitar as diferenças?
As diferenças estão presentes desde que o mundo é mundo para garantir, dentre outras coisas, que nossa passagem não seja monótona. Como é bom ver diferenças. Como DEVERIA ser bom.
O fato de todos terem direitos por serem seres humanos deveria prevalecer diante da hipocrisia desses preconceitos absurdos. Se bem que se é preconceito...já é absurdo.
O fato de uma pessoa amar a outra a ponto de querer dividir sua vida com ela não deveria ter impeditivos civis, talvez para algumas religiões, mas perante a lei o fato de ser ou não do mesmo sexo deveria ser uma opção apenas para as pessoas envolvidas e não para um juiz ou para uma plataforma política.
Eu quero saber dos políticos o que eles podem trazer de propostas para alimentar o povo, educar o povo, cuidar da saúde do povo, facilitar a locomoção e o acesso ao mundo e coisas assim. Não faz sentido se discutir se um candidato é a favor ou contra gays, negros e outros grupos, que me recuso a chamar de minorias. Nunca vou concordar com isso.
A opção sexual e a cor da pele, assim como a religião de cada indivíduo não deveriam estar nessas pautas. A cor da pele de uma pessoa é uma herança genética que carrega a história de seus povos e tradições. E é maravilhoso podermos olhar ao redor e percebermos os matizes que a vida proporciona. Imagina que coisa terrível se tivéssemos todos a mesma cor.
A orientação sexual de cada um compete exclusivamente.... a cada um, ninguém pode ser discriminado.
Qualquer preconceito, em qualquer nível, deveria ser crime. Ponto. É um Direito Humano ser quem somos da forma que somos.
Aí escuto outras banalidades do tipo: candidato(a) é contra o casamento gay. E minha pergunta é: e se for? Será apenas uma pena para essa pessoa pensar assim. O que um Presidente pode fazer contra ou a favor disso? Presidente é EXECUTIVO, não é LEGISLATIVO. No máximo pode sancionar ou não, mas não lhe compete legislar.
O Brasil precisa de mudanças profundas, mas na educação básica. Para que pessoas possam se ver como pessoas e possam cuidar melhor desse planeta tão enfermo no qual ainda conseguimos morar.
Sou carioca e moro em Natal-RN. Desde que aqui cheguei ouvi muitas reclamações de preconceitos contra nordestinos, mas eu, enquanto do sudeste, sofri alguns preconceitos por isso aqui em pleno nordeste. Pela minha natureza carioca tiro de letra, pois não me importo com julgamentos, mas percebo que algumas pessoas sentem dificuldades de lidar com diferenças também culturais. Hoje sou nordestino por opção, mas não tenho nada contra nenhuma parte do Brasil, até pelo motivo de que cada parte..é do Brasil. Quer dizer, exceto o Estádio de São Januário, que é da Argentina. (Só pra descontrair!)
No próximo mês haverá um jogo de futebol entre Flamengo e América-RN no Arena das Dunas. O que poderia ser uma festa de uma única torcida por um bom jogo entre times irmãos já está se transformando em guerra antes do jogo acontecer. Já vi manifestações na internet dizendo que quem é do RN não pode torcer para times fora do RN. Novamente preconceito. Se esse bairrismo hipócrita levasse a algum lugar que não a desconstrução da noção de uma nação soberana eu ficaria quieto. Mas não leva.
Se esse bairrismo fosse levado à risca, porquê lutar pelos royalties de petróleo produzido no Espírito Santo?
Percebe?
No meu entendimento as riquezas de um país devem pertencer ao país. Seja essa riqueza financeira, cultural, histórica ou qualquer outra. Se o Brasil produz minério, petróleo e outras fontes de geração de royalties, seja qual for, esses recursos deveriam ser partilhados igualmente e proporcionalmente ao tamanho da população de cada estado.
Assim como o que produzimos de cultura e arte pudessem ser acessíveis a todos igualmente. A gente não quer só comida...
Martin Luther King há anos já dizia: "Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos".
Enquanto perdemos nosso tempo com bobagens deveríamos pensar melhor em quem faz as leis nesse país, leis que podem melhorar a qualidade de vida de todos nós.
Mais importante que as eleições para Presidente, onde se gastam bilhões de recursos de nossos bolsos, devíamos nos dedicar mais à base. Quem faz as leis no meu município, no meu estado e no meu país? Voto, como diz o jargão, tem consequência. 
O que nossas escolhas estão propondo para mudar de fato a nossa vida? 
Pense nisso.


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Esperança em um mundo melhor!

Às vezes precisamos de muito pouco para fazer muito por outros. E outras vezes demoramos muito para fazer o pouco que poderia fazer a diferença. Na dúvida, apenas faça.