domingo, 31 de dezembro de 2017

Que venha 2018 motivos para se lembrar de 2017!

Vivemos a internet das coisas, que nos faz viver na velocidade das conexões, na maioria da vezes efêmeras. Uma vida líquida, como prega Zygmunt Bauman. E essas conexões nos fazem desejar sempre um ano novo, melhor que o anterior. 
Hoje li que podemos nos fazer melhores, ao invés de esperar um ano que lhe tragam coisas. Em 2018, vou apostar nisso!
Essa confusão temporal que nos fez, em 2016, querer o ano atual, e que nos faz, agora, buscar já um novo. Serei o novo.
2017 foi um ano de muito, mas muito aprendizado para mim e minha família. Um ano de perda. A perda. Não tenho como falar em ganhos, quando o saldo será sempre injusto se colocarmos na balança. Mas ouve coisas boas.
Procurei crescer e buscar mais conhecimento. Valorizei mais minhas amizades, principalmente as mais antigas e verdadeiras. Ganhei amigos novos. Me aproximei mais de meus filhos. Busquei viver o que eles curtem. Conheci o significado, na prática, de companheirismo e cumplicidade. Vivi tudo isso ao lado da minha Vivi.
No final do ano tentei ir à todas as comemorações e celebrações típicas de final de ano, mas poucas pessoas, muito poucas, souberam o vazio que meu peito ainda carrega. Acho que me mostrar forte poderia me fazer forte. Ledo engano.
A perda da minha mãe me fez viver muitas ausências. Me fez viver as primeiras ausências, como meu primeiro aniversário sem um beijo dela, meu primeiro Natal sem ela, o primeiro Réveillon sem ligar para ela....mas o dia a dia foi mais cruel. Como não poder compartilhar sorrisos, conquistas, derrotas, conselhos e abraços com alguém que me ensinou o que é amar desde que nasci?
Meu travesseiro e meu filtro dos sonhos é que sabem o quanto minha mente não parou em 2017. Talvez por isso esse descanso no final do ano esteja me fazendo bem.
Mas pude ver, também, que a distância física da minha fé, da minha religião, fez meu entendimento e compreensão sobre a passagem da minha mãe serem mais difíceis. Vou me dedicar mais à isso também em 2018.
Os últimos cinco anos foram os mais difíceis da minha vida, me fez uma casca à qual eu não pedi que existisse. Tampouco imaginei.
Tive um infarto aos 40 anos, perdi as duas pessoas que mais amava, minha avó Joana e minha mãe, em um intervalo de dois anos. 
Desejo que esse ano nunca seja esquecido, até para fortalecer mais essa casca, mas que depois dessa tempestade venha 2018, com motivos para tranquilizar meu coração e minha alma. Que o mundo em que vivemos possa sofrer alguma transformação positiva com mais bondade e união de todos os povos.
A passagem de Ano sempre foi minha data preferida, mais até que a data de aniversário. É o renovar da esperança, a transição de bons desejos. No dia primeiro espero me banhar ao mar e deixar por lá tantas tristezas e dificuldades, e sair da onda da inércia e dos destemperos com mais energia para buscar ser melhor que antes.
À todos os meus amigos e parentes mentalizo um Feliz 2018 e que possamos nos ver e nos abraçar muito mais que sempre!
Namastê!!!!

 
 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Hoje o dia é todo dela...


 
Há vinte e dois anos nascia o meu primeiro amor. Como passa depressa o tempo, que fatia nossas emoções com a idade. 
Nessa época eu ainda estudava para ser Engenheiro Agrônomo, mas essa fase fica para outra postagem.
Minha Fernanda, hoje quase Economista, como seu avô Claudio, adquiriu sua forte e autêntica personalidade. Amante das artes cênicas, dos clássicos, de leitura, da natureza, dos animais, das viagens, mas também da boemia que vem carregada de bons papos, drinks, amigos e sambas.
Minha pequena velejadora coleciona outras conquistas. O sapateado não lhe atrai mais.
Aqueles antigos desenhos animados marcados por repetições deram lugar à Audrey Hepburn e à Frida Kahlo.
A tortinha de limão do Turino agora perdeu espaço para um bom chopp gelado.
Vegana, vegetariana? Sem rótulos. Adepta de alimentação saudável. Ou quase. Ou isso.
Minha primogênita completa hoje suas 22 primaveras. Longe de meu abraço, mas sempre perto do meu coração.
Continue sua caminhada do bem, meu amor. Tenha um Feliz Aniversário e um dia cheio de luz e coisas boas. Gostei de sua programação que terá um bom samba. Que bom que lhe passei bom gosto!
Hoje as estrelinhas são suas, de suas avós! Pode observar que elas estarão brilhando mais fortes. Minha mãe a chamava de "minha Gênia". Orgulho de suas avós, de sua mãe e de seu pai.
Pessoinha difícil, mas que cabe, e bem, em muitos corações.
Te amo Fernanda. E sempre estarei por perto.
Parabéns pelo seu dia e....não.....não diga alô......diga: Alô você!!!!! 
 

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Renato Grinberg

"Quanto mais rápido você erra,
mais rápido você está pronto para acertar."


Porque escolher entre Halloween ou Saci?



Vivemos em um país de multiplicidade cultural, de credos e gêneros, e deveríamos nos orgulhar disso. Pois essa grande mistura heterogênea que faz com que o Brasil seja um país de todos.
Ao mesmo tempo que nos orgulhamos disso há uma corrente de intolerância na juventude que, na minha opinião, só carrega atrasos e alimenta preconceitos.
Valorizar nossa cultura não implica em desvalorizar outras culturas.
Tenho visto muitas críticas comparativas como essa tolice de qual cultura é melhor. Não há melhor cultura, o que há é falta de cultura, hipocrisia intelectual e preconceito.
Humberto Gessinger dos Engenheiros do Hawaii já dizia, no auge dos anos 80, "somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter".
O que falta a esses nossos jovens é beber nas fontes culturais, sejam elas de qual raiz for. Quanto mais cultura melhor. Vamos fortalecer a nossa e compreender as deles. Afinal de contas, onde vai estar essa intolerância quando chegar o Natal? Quem está afirmando que uma cultura de doces e travessuras não presta, será que vai dar presentes aos seus no dia 25/12?
Quem critica a cultura alheia será que não gosta de viajar nas férias e tirar fotos em outras culturas?
Cultura não só fortalece a história de um povo como alimenta a imaginação de crianças, que um dia se utilizarão desta para inovar e criar conexões que poderão ajudar o mundo. A falta de fantasias e incentivos à leitura pode promover um retrocesso difícil de ser corrigido.
Salve a cultura nacional! Salve a cultura internacional! Salve, antes de mais nada, a CULTURA!
E se me perguntam o que é melhor, se Halloween ou Saci, respondo sem dúvidas: os dois! Melhor é conhecer cada vez mais culturas e se apropriar de lindas histórias, lendas, lugares, cores e sabores.
Namastê! 

domingo, 1 de outubro de 2017

Mark Twain

"Os dois dias mais importantes de sua vida 
são aquele em que você nasce
 e aquele em que você descobre por que nasceu."

 

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

terça-feira, 1 de agosto de 2017

C.G. Jung

"Sua visão se tornará clara somente quando 
você olhar para dentro do seu coração. 
Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda."

domingo, 23 de julho de 2017

À minha mãe

Tenho passado por dias difíceis, semanas inteiras, noites incompletas e desconectas.
Após as experiências espirituais que tive na minha vida e aprendendo a lidar com desconexões da matéria, pensei que estava evoluindo espiritualmente. Não sabia que estava por sentir a pior, até então, das minhas provações.
Minha mãe fez sua passagem no dia 03/06/2017, e há quase dois meses sofro sua ausência.
Sei que ela precisava cumprir sua missão e trabalhar sua evolução espiritual, e que, onde está, está bem amparada e fazendo parte do Todo.
Mas como não receber suas ligações, como não saber sua opinião, como não sentir seu afago, muitas vezes discreto, mas sempre presente?
Com sua desconexão perdi meu porto seguro, meu chão.
Hoje, pela primeira vez na minha vida, meu almoço de aniversário não teve Dona Dotye. Como ficar sem nenhuma reclamação do restaurante que escolhi? Como ficar sem seu sorriso e sua inquietação dizendo que eu almoço muito cedo? Como não ter como roubar-te um abraço e um beijo?
Minha mãe partiu antes mesmo do que ela imaginava. Tinha receio de ir cedo. Saiu como fazia em seus tempos de festas e pubs, sempre à francesa. Assim ela fez.
Minha última foto com minha mãe foi em um local que ela curtia muito, em um piano bar, com algumas de suas amigas, conversando, bebendo e ouvindo boa música, recitadas por mais amigas e amigos. Com sua alegria à vi pela última vez, sem saber que seria.
Amanhã completo 4.5 anos de idade. Sempre reclamei que ela não gostava de comemorar aniversários. Fugia de todos. E eu sempre festeiro.
Hoje entendo seus motivos.
Não deixarei de ser como sou, mas dessa vez.... a dor é muito forte e recente. Espero que em 2018 eu consiga fazer uma festa para lembrar como minha mãe me ensinou a ser feliz.
Esse ano....não conseguirei.
As lágrimas têm feito caminhos constantes em meu rosto. Trazendo à pele o sal da saudade e das memórias mais gentis. Das broncas e aprendizados, dos conselhos e opiniões, das tristezas e dos sorrisos.
E pela primeira vez, não será você, minha mãe, quem sempre se orgulhou de ser a primeira a me dar os parabéns por mais um ano de vida. Ao menos não fisicamente.
Em meus mantras e orações tenho emanado muita energia positiva e pedido que me ajude a acalmar esse meu coração já incompleto.
Te amo minha mãe.
Olhe por nós.

sábado, 1 de julho de 2017

Platão

"Os homens sábios falam porque têm alguma coisa a dizer;
os tolos porque têm de dizer alguma coisa."


quinta-feira, 1 de junho de 2017

Bertolt Brecht

"Do rio que tudo arrasta se diz que é violento; 
mas não se diz violentas as margens que o comprimem."


quarta-feira, 17 de maio de 2017

Bruce Lee

"Seja como a água. 
Quando você a coloca em uma xícara ela torna-se a xícara, 
quando você a coloca em uma garrafa ela torna-se a garrafa. 
Diante de um obstáculo ela o circunda. Seja como a água..."


segunda-feira, 15 de maio de 2017

O que será dos produtores rurais?

Quando estudei Agronomia, na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, me indagava sobre um tema comum no meio agropecuário, o exôdo rural. Ainda jovem ficava pensando o que faria com que as pessoas desistissem de suas propriedades e sua forma de viver para buscar alternativas em centros urbanos?
Há anos venho trabalhando com desenvolvimento rural e a resposta àquela inquietação fica cada dia mais clara.
Temos três aspectos importantes nessa discussão. O primeiro é que os jovens de hoje tem outro perfil, mais globalizado, mesmo nas propriedades de mais difícil acesso. O que compromete em parte a sucessão familiar na atividade agropecuária.
O segundo ponto é a educação do nosso povo brasileiro que anda em baixa e não mais fortalece os vínculos familiares, as religiões, a cultura e as tradições. Quando nos afastamos disso, e o pior, por falta de acesso, nos afastamos dos princípios que dignificam a nossa tradicional agricultura familiar.
O terceiro ponto, e mais cruel, é a falta de políticas públicas de desenvolvimento rural e urbano para o nosso país. Políticas de longo prazo, estruturantes para um futuro digno a quem queira produzir.
Como ser agricultor familiar no Brasil sem recursos? Recursos físicos, edafoclimáticos, financeiros, econômicos ou mesmo recursos familiares? 
Por que, de alguma forma, as águas que inundam algumas regiões no Brasil não podem ser usadas para dar alento onde as secas imperam? Por que um pequeno produtor não tem acesso à crédito para sua produção de forma efetivamente diferenciada? Por que a taxa tributária e as normas de regulamentação nacional desfavorecem que quer industrializar sua produção rural e, assim, agregar maior valor ao que produz? Por que as energias alternativas, como a solar e a eólica, tão presentes no nosso nordeste, ainda são para poucos? Por que as regiões do nosso país não possuem integração efetiva? Por que dispomos de bilhões para construção de estádios de futebol e arenas multiuso, mas não temos estradas, portos e ferrovias para facilitar a logística de nossos produtos? Por que um produtor rural não pode se formalizar para alçar novos vôos sem perder seus direitos como trabalhador rural? Por que a água, bem essencial para a vida, não chega e não se propõe alternativas para que chegue ao semiárido? Por que nossos mares não podem ser dessalinizados para fornecer água potável a quem não tem? Por quê?
São tantos porquês que não se encerrariam em um simples blog. 
O produtor rural, e especialmente o agricultor familiar, é um guerreiro por natureza. Empreender no campo hoje, quando tudo se mostra desfavorável, é desigual. Principalmente quando o país não olha como devia. Mas, será que um dia o país se dará conta que no médio prazo pode não haver mais tantos guerreiros? Se seus filhos não quiserem mais? Quem produzirá os alimentos que tanto gostamos de consumir em nossas mesas? Será que o brasileiro se acostumará com as nossas commodities? Teremos grãos, carnes, leite e derivados, e???? Será que para produzir, mesmo esses produtos com perfil de grandes propriedades, não precisamos de outros produtos que só a agricultura familiar se dispõe a produzir?
Como será a lembrança de nosso queijos artesanais, de coalho, da canastra, e tantos outros? Daquela linguiçinha mineira? De um tucunaré assado? Do chá de boldo, quando tudo embrulha? E aquela cachaça artesanal? E o pequi em Goiás? E o cordeiro dos pampas? O porco no rolete no Paraná? E nossas saladas? E as batatinhas? Nossos orgânicos? E tantos outros?
Me preocupa o silêncio dos bons, como dizem por aí, e a inércia de quem tem o poder para mudar essa realidade.
A dúvida que fica é....o que será dos produtores rurais??? 


domingo, 14 de maio de 2017

Salve, Salve as Mães!

Um Feliz Dia das Mães às todas as mães que conheço. Às atuais, as futuras, e as que se foram, mas nunca deixarão de estar conosco.
Certa vez, conversando com um português, com toda a objetividade do povo lusitano que adoro, descobri que lá se comemora o Dia DA Mãe, e não DAS Mães, como por aqui. Expliquei a ele que no Brasil se usa o plural para que todas as mães fossem prestigiadas. Em sua simplicidade e naturalidade o mesmo me indagou: mas só temos uma! 
Como diria Bezerra da Silva: Certíssimo!!!
O importante é que nesse dia, seja no Brasil, em Portugal, ou onde mais se celebre a data, o dia é para pensarmos, lembrarmos, homenagearmos quem nos deu o que ninguém mais pode: o amor de mãe.

Mãe,
Que você tenha um dia iluminado e com muitos sorrisos.
Nossa distância física nesses momentos não anula nossa presença forte em nossas mentes todos os dias.
Te amo e lhe desejo, do fundo do meu coração: FELIZ DIA DAS MÃES!



 

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Tá puxado...

Há pessoas que corrompem, pessoas que se permitem corromper e há ainda aqueles poucos que não se deixam corromper. São poucos. Guerreiros. Infelizmente.
Quando vemos a realidade atual do nosso país, onde é necessário muito mais dinheiro para manter as campanhas partidárias para se repartir cargos e benefícios, do que para oferecer saúde, transporte, segurança e educação de qualidade a esse povo sofrido, percebemos que tudo está errado.
Há juízes que garantem que a justiça esteja acima de qualquer interesse pessoal, e por isso se justifica ganharem tanto ou mais que um Presidente, e há o nosso STF.
Somos motivo de piada no mundo todo. Não que não aconteça essas práticas na parte de cima da linha do Equador. Acontece e muito. Mas assim na cara de todos e nada se faz para colocar um ponto final nisso?
Temos partidos demais, e praticamente todos envoltos nessa névoa de obscuridade.
Temos cargos públicos demais para o resultado que se gera.
Temos benefícios e salários demais e acima da média nacional para quem tem foro privilegiado.
Temos recursos demais para a previdência quando se fala de cargos políticos, que acumulam aposentadorias altas e que tem direito de se aposentar muito antes dos 30, 35, 40, 45 anos que os brasileiros ditos normais necessitam.
Como vi por aí alguém dizendo, o silêncio dos bons é que preocupa.
Até quando vamos furar filas, estacionar em local proibido, aceitar pequenas corrupções de caráter e ética?
Será que nosso país tem correção???