domingo, 29 de abril de 2012

Piada de flamenguista

Um canibal vai ao mercado para comprar um cérebro para o almoço e vê um vendedor fazendo grande propaganda à qualidade dos cérebros de torcedores do futebol brasileiro que tem em oferta.

O canibal então pergunta ao homem do mercado:
- Quanto é que custa o cérebro de um gremista?
- R$ 30,00 o quilo, sabor chimarrão.
- Humm! E tem de cruzeirense?
- Sim. R$ 80,00 o quilo, gostinho de pão-de-queijo, é da melhor qualidade.
- E de botafoguense?
- Também tenho, mas pouco. Produto raro, R$ 100,00 o quilo, pois como a cabeça é dura demora mais para fritar.
- E de vascaíno???
- Também há, R$ 1.400,00 o quilo.
- O quê? Mas vascaíno é o que mais tem por aí, ainda mais agora que eliminaram o Flamengo do Carioqueta, agora é que tem vascaíno saindo de todos os cantos, diz-se que são milhares e milhares, a segunda torcida do RJ...como pode ser tão caro??? - Pergunta o canibal, perplexo.
- Você por acaso faz ideia da quantidade de vascaínos que são
precisos para se conseguir um quilo de cérebro? - responde o vendedor.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Se foi o último tenor

O dia amanhece triste, pois se foi o último tenor. Aos 66 anos de idade, no RJ, fez sua passagem o último malandro da época do samba bem humorado.
Após sua luta contra insuficência renal e diabetes, após uma sessão de hemodiálise, perdemos a descontração do poeta do samba Dicró.
Sua inspiração fica para sempre, assim como seus sambas, sempre ricos em sátiras e pobres em sogras.
Salve Dicró! Salve o samba do meu RJ!
E como diz a música: "Não tem Pavaroti, nem José Carrera e nem Placido Domingo. Eu sou mais o Bezerra, Moreira da Silva e Dicró rei do Bingo!"

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Como conviver com a sêca no nordeste?

A realidade no nordeste brasileiro tem me dado uma oportunidade ímpar de crescimento pessoal e me proporcionando muitos aprendizados. 
O novo desafio agora é como aceitar ou entender que políticas públicas gastem milhões em sonhos metropolitanos de transporte de massa nos modelos de filmes japoneses, como trens balas, teleféricos caríssimos em favelas, acessibilidade urbana e ao mesmo tempo permitam cenários desesperadores de morte e tristeza no semi-árido nordestino?
Há municípios, entendam...municípios, sem água há mais de três meses. Pessoas que há 3 anos convivem sem água, sendo obrigadas a andar por quilômetros em troca de um balde com água.
Como defender cidadania e acento nas decisões da ONU se não fazemos o nosso dever de casa? Essas pessoas não tem acesso às mídias sociais e televisivas para reivindicar qualquer direito. E não são poucas.

Por isso, quero compartilhar um texto, escrito pelo engenheiro, consultor e pecuarista Hermínio Brito, que além de tudo é irmão do nobre amigo Acácio Brito.
Recomendo a leitura e que repassem adiante. Como dito por Acácio: "a situação vivida hoje pelos sertanejos requer a mobilização de todos, com vistas à busca de alternativas".


A SECA PAIRA NOS HORIZONTES DO SERTÃO POTIGUAR

Já se passou o natal e o ano novo, já se foi carnaval, o dia de São José já passou, e a chuva não veio para molhar as terras do meu tórrido sertão. Todo dia olho para o céu, e nada, o máximo que vejo é a ilusão de nuvens carregadas, que se desfazem com o vento, misturado com relâmpago e trovões.
Os que não são nordestinos devem pensar... lá vem estes flagelados de novo, será que este povo nunca vai aprender? Não tiro a razão de quem pensar assim, afinal, esta história já foi contada muitas vezes. Nós colhemos as consequências das escolhas que fizemos e que fazemos.
O maior problema não é a falta de chuvas regulares, é como se ter água para utilizar regularmente. E ter água para se utilizar regularmente não é tarefa de um produtor rural, é tarefa de uma sociedade.
Como um único produtor pode fazer previsões meteorológicas? Estas previsões podem nos ajudar a fazer planejamento. E o que tivemos este ano? A EMPARN (que agora se cala) afirmando que teríamos uma estação chuvosa NORMAL. Como não acreditar nestes doutores, que estudaram e usam satélites e computadores poderosos?
Enquanto os agricultores e pecuaristas se descabelam em busca de salvar suas próprias vidas, das suas lavouras, e dos seus animais, os governos se omitem, e as pessoas que moram nas cidades ignoram.
Afinal a globalização permite que enquanto o gado morre de fome nas caatingas o bife continue sendo servido nas mesas das cidades; enquanto as vacas e seus bezerros morrem de fome no campo, o leite continua sendo servido normalmente nos iogurtes, cremes de leite, sorvetes, sucos, bolos, milk-shakes, bebidas lácteas, manteigas, requeijões, queijos; enquanto as lavouras e agricultores estorricam nos roçados o feijão, arroz, milho, batata, mandioca, não estão faltando nas mesas dos urbanos. Quem manda viver e produzir no campo?
Enquanto os produtores franceses são pagos pela sociedade para se manter produzindo no campo, os nordestinos do campo não tem as bacias dos rios interligadas, permitindo a perenizarão dos rios secos; não tem poços profundos permitindo que se faça irrigação de seus pastos e lavouras; a concessão dos créditos bancários é lento, burocrático e acessível a poucos; a assistência técnica, inexiste ou é precária; a energia elétrica é cara e requer grandes investimentos para instalar.....
Até quando a globalização vai maquiar estas mazelas no campo? Até quando vai sobrar dinheiro público para a corrupção e faltar para os investimentos que só a sociedade pode bancar? Até quando teremos governos inoperantes, incompetentes, perdulários em propagandas e mesquinhos em ações estruturantes e sustentáveis? Até quando... vamos aguentar?
Por enquanto, aparentemente, estes são problemas apenas dos que produzem no campo, mas, tenham certeza, no futuro serão problemas de todos nós!

Herminio Brito
Natal, em 05 de abril de 2012.













Foto: Joel Selva 

terça-feira, 24 de abril de 2012

Escrita

Dizem que finjo ou minto
tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
o que me falha ou finda,
é como que um terraço
sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
do que não está ao pé,
livre do meu enleio,
sério do que não é,
sentir, sinta quem lê!

Fernando Pessoa (Cancioneiro)

domingo, 22 de abril de 2012

Sábado com Inauguração

Nesse sábado tivemos mais um show de Guilherme e Gustavo, com a participação especial da cantora Adelle Nogueira, no já tradicional Feijão com Onça, do mês de abril.
Ainda vamos escutar falar bastante nessa dupla que manda muito bem. Como não sou bobo, antes que fiquem famosos, já reservei suas agendas para a festa dos 4.0 Baeta em julho.
Na ocasião inauguramos minha nova filha nova...irmã da Fernanda Baeta e do Gabriel...minha nova mesa do escritório Cafofo do Baeta, vulgo Recanto do Guerreiro, feita de algaroba e produzida pelo artista Adeilton, de Pedro Avelino - RN.

Agradeço muito à presença de todos que vieram e que puderam proporcionar um sábado digno de boas risadas e boa música.

Segue os registros:






















Meu nome é estrada

Após longa estiagem de tempo, não por falta de ideias, estou de volta. Foram semanas muito intensas e atípicas.
Passei duas semanas em Brasília, passei por Recife, e mais duas semanas inteiras viajando pelo interior do Rio Grande do Norte. Passei por João Câmara, Apodi, Pau dos Ferros, São Paulo do Potengi, Assú e Currais Novos. Nessas duas últimas semanas pude conhecer diversas pessoas com trabalhos fantásticos de desenvolvimento municipal e de apoio ao desenvolvimento de formalização de micro e pequenas empresas. Existem muitas Prefeituras fazendo a diferença no Estado do RN.
Pouco tempo, nessas quatro semanas para curtir meu Dom Gabriel dos Sete Tombos, minha casa, as pessoas queridas que amo....e menos ainda para escrever aqui e compartilhar essas histórias. Mas agora voltei e tentarei mantê-los atualizados sempre. 


sexta-feira, 6 de abril de 2012

Resumo da semana


Duas semanas bem cheias, produtivas e cansativas.
Muito aprendizado e informações preciosas.
Duas semanas na terra que é o coração do cerrado brasileiro e a capital nacional. 
Brasília com todos os seus encantos e desencantos.
Apesar do pôr do sol mais bonito do Brasil, não consigo me adaptar ao clima seco e às mudanças de temperaturas por lá. Mesmo sutís, às vezes, ataca direto minha famosa rinite alérgica.
Resultado: muitos comprimidos e cama. 
Agora...escutar a surpresa do meu lindo Gabriel ao me ver dormindo...não tem preço.
Pude fazer novos amigos e rever outros já conhecidos.
Obrigado pela receptividade meu nobre Sergio "Lorota" Almeida. Fotógrafo nota 10 e amigo nota 11.
Fechando a semana com uma costela show de bola no Kranfo, lá em Vila Planalto.

Deixe um abraço ao Eraldo, que ficou fora dessa foto. O bom da gripe é que poderei ler com calma seu belíssimo livro "FÉsta brasileira - Folias, Romarias e Congadas". Altamente recomendado a quem gosta de fé católica, cultura brasileira e fotografias.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A alma imoral - dica de leitura

..."Há um olhar que sabe discernir o certo do errado e o errado do certo.
Há um olhar que enxerga quando a obediência significa desrespeito e a desobediência representa respeito.
Há um olhar que reconhece os curtos caminhos longos e os longos caminhos curtos.
Há um olhar que desnuda, que não hesita em afirmar que existem fidelidades perversas e traições de grande lealdade.
Este olhar é o da alma."...
Nilton Bonder