sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Enfim...saí do hospital!

Obrigado. A todos. Por tudo.
Mas, principlamente pelo carinho comigo, minha família e amigos.
Tive alta há pouco e vou dormir no hotel essa noite.
Agradeço ao Papai do Céu por essa nova oportunidade. De coração, literalmente.
Aos poucos vou ler e responder a todos. Mas, como chorão assumido que sou, vou devagar, como tem sido meus últimos dez primeiros dias da nova jornada que se escreve a partir de então.
Quando estudava japonês aprendi muitas reverências. Porém nem a mais nobre reverência nipônica poderia agora traduzir meu sentimento e agradecimento a todos vocês.
Arriscando ser injusto, não poderia deixar de citar nomes que me foram fundamentais nesses dias. Pessoas especiais, como a bela da tarde, minha Adelle; à declaração de amor que recebi de Ricardo Duarte. Ao apoio incansável de Lúcio Massaki, ao amor de Dona Dotye Baeta, minha mãezinha que veio ao Chile me ajudar; à Fabrício Baeta e tia Alice; à intervenção de Marcelo Medeiros e à ajuda determinante de Simone Galvão; sem os quais a luta nos bastidores teria sido inglória.
A TODOS ainda não citados acima, mas que desejaram melhoras, mobilizaram, oraram, emanaram coisas boas, meu MUITO OBRIGADO!
A guerra é longa, mas essa batalha é nossa!
Pensar no que mais amo me fez ter serenidade para aceitar o desafio. Pensar em sorrisos.
Chaplin dizia: "um dia sem riso é um dia perdido".
Sorrisos de meu pai, que comigo esteve, de meus filhos Gabriel e Fernanda Baeta, e dos SEUS sorrisos todos!
Por onde andará o sorriso perfeito?
Vou em busca dele e da nova oportunidade que a vida me deu.

Angelo Baeta

domingo, 13 de janeiro de 2013

Destinos Baeta

Meu pai me deixou muito cedo, precisamente quando eu tinha apenas 1 ano e meio de idade, e cerca de 3 meses depois de meu avô Antônio Baeta fazer sua passagem.
Até aí muitos já sabem. Mas o que poucos sabem é que meu pai tinha duas irmãs de um segundo relacionamento do meu avô.
Com a morte de ambos meu contato com essa parte da família se foi por completo. Por muitos anos, após me entender por gente, tentei sem muito sucesso descobrir o paradeiro dessas duas tias, que meu pai sempre se referia, para minha mãe, com muito carinho.
Por conta do destino há alguns anos conheci finalmente uma dessas tias, minha tia Alice. A tia Olivia já havia partido dessa nossa dimensão. Mas com essa aproximação ganhei mais três primos, duas primas que moram em Londres e um primo que até o mês passado eu não sabia o paradeiro.
Esse primo, que agora conheço, é um cara batalhador, inteligente, bem humorado, sensível e com todas as características Baeta (as boas e as outras!), mas, como ninguém é perfeito....é vascaíno. Destino é assim mesmo. Descobri seu paradeiro aqui em Santiago do Chile e de quebra ganhei mais duas primas, sua filha e sua, agora, esposa Joselyn.
Ontem foi seu casamento e quis o destino que eu tivesse a honra de representar seu pai na cerimônia chilena típica.
Bom, como bom chorão Baeta, eu e tia Alice nos acabamos de tanta emoção.
Na recepção mais uma surpresa, uma declaração de carinho ao vivo e em bom portunhol.

Primo Fabrício,

Não tenho palavras para agradecer à Deus nossa aproximação e todo carinho que teve comigo ontem.
Percebo em seus olhos e nos olhos de Joselyn o amor que brota de vocês e a cumplicidade que possuem.
Teremos muita distância física de Natal à Santiago, mas pode contar com esse seu primo sempre que precisar.
Família e Amigos são a base da felicidade completa que todos buscam. 
Muitas vezes demoramos a encontrar essas pessoas especiais ou os elegemos durante essa curta jornada da vida. Porém o importante é tê-los presentes em nossos pensamentos e corações.
Sejam bem vindos e como dizemos no Brasil: Tamojunto!

Beijo grande nos corações desses noivos e muitos sorrisos e realizações nessa jornada.
Jornada agora com mais integrantes.

Angelo



sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Até quando?

Até quando seremos obrigados a assistir esse show de horrores no Rio de Janeiro.
Semana passada estávamos conversando aqui em Natal e imaginando, será que esse mês acontecerá de novo?
Chuvas em janeiro são comuns, o descaso das autoridades e a ausência de políticas públicas...infelizmente também.
A topografia do Estado do RJ favorece, em muito, acidentes como esse em Xerém, mas que também já ocorreu em Angra, em São José do Vale do Rio Preto, em Nova Friburgo, em Itaperuna, em Teresópolis.....e por aí vai se lembrarmos os municípios que já foram atingidos.
Hoje um infeliz de um "técnico" foi à TV GLOBO dizer que o que aconteceu em Xerém foi por causa das casas construídas ao longo do rio.
Que pode ter contribuído eu tenho certeza, mas não foi nem de longe determinante.
Onde estão as políticas de prevenção? Onde está o reflorestamento da Mata Atlântica? Onde está a preservação das nascentes? Onde está o Saneamento Público? Onde estão as obras de drenagem? Onde estão as políticas que evitam o assoreamento de rios? Onde estão os discutíveis Planos Diretores? Onde está o planejamento urbano e rural? Onde está a coleta regular e seletiva de lixo? Onde estão os nossos impostos? Onde estão os famosos Royalties do Petróleo?
Para quê o Estado do RJ luta tanto por Royalties? Para onde eles vão? Para a saúde?
Habitação digna, preservação do meio ambiente, educação básica e ambiental e todas essas mazelas que citei acima não são mais premissas  e precondições para uma vida saudável?
Não há como não se indignar.
Se pensarmos e procurarmos saber quanto arrecada o Estado do RS e fizermos um comparativo com o RJ...será que é realmente necessário esses royalties? Para onde estão indo? Porque então...lá no RS, que arrecada bem menos que o RJ, é mais difícil se ouvir notícias como as que ouvimos e presenciamos todos os verões no Estado do RJ?
No RS tem problemas também, alguém pode dizer, mas há comparação?
No noticiário hoje trouxeram as informações de não sei quantos pontos de risco imediato detectado pela Secretaria de Segurança Pública no Estado do RJ há uns dois anos.....quantos destes pontos, de fato, tivemos ações emergenciais do Estado? Nem em um quinto destes. De quê adianta informação se não for para gerar ações?
De que adianta?
Pra que?
Porquê?
...
Há tempos Renato Russo narrou que se tua voz tivesse força igual à imensa dor que sentes, seu grito acordaria não só a tua casa, mas a vizinhança inteira!
Talvez, se não fosse o grande Zeca, não soubéssemos nem o que está ocorrendo em Xerém. Como "não soubemos" o que se passou no entrono de todas as cidades que citei nos anos passados, nos muitos rincões deste Estado maravilhoso, mas sofrido com tanto descaso Público.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

João Nogueira canta mineira no Clube do Samba (Histórico)


Nada como um bom samba de João para começar bem o dia de hoje.
Saudades do meu Rio de Janeiro das boas Rodas de Samba!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Conto Taoísta do Desapego

Uma das coisas que aproveito em minhas férias é a leitura e um reencontro com raízes do meu passado nem tão distante.
Pratiquei por muitos anos Kung Fu Hung Gar, Wu-shu e Tai-chi. Nessa época, no final dos anos 80, tive um encontro aprofundado com as filosofias orientais e toda a magia que o Taoismo e o Zen Budismo até hoje me fazem refletir.
Havia um conto taoísta de um autor japonês, que não me recordo quem foi, que falava sobre o desapego.
Vejam que interessante e me passem suas reflexões, para quem curtir:

"Um dia morreu o guardião de um mosteiro Zen. Para decidir quem seria a nova sentinela, o mestre convocou os discípulos e disse:
- O primeiro que resolver o problema que eu apresentarei assumirá o posto.
Então, numa mesa, que estava no centro da sala, colocou um vaso de porcelana muito raro, com uma rosa amarela de extraordinária beleza. E disse apenas:
– Aqui está o problema!

Todos ficaram a olhar para a cena: o vaso belíssimo, de valor inestimável, com a maravilhosa flor ao centro! O que representaria? O que fazer? Qual o enigma? De repente, um dos discípulos saca da espada, olha para o mestre, dirige-se para o centro da sala e… Zazzz! Com um só golpe destruiu tudo.

– Você é o novo guardião. Não importa que o problema seja algo lindíssimo. Se for um problema, precisa ser eliminado".


terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Reflexões primeiras

2013 chega com mais um ciclo de nosso planeta se completando.
Há 11 dias até o famoso calendário Maya entrou em compasso com o nosso.
Confesso que toda a mística dos Mayas, aliado ao desrespeito e ignorância das nossas mídias, me fez refletir e verificar que triste a realidade em que vivemos.
Uma cultura milenar sendo desrespeitada até por Willian Bonner em pleno Jornal Nacional. Esse sim é o fim dos tempos.
Antes de nós existirmos enquanto civilização esse povo já estava organizado, lendo, escrevendo, praticando agricultura de precisão e construindo cidades.
Hoje a Nação Web não sabe interagir ou mesmo respeitar antigos e sábios costumes. Só se curte, compartilha e comenta, mas tudo completamente virtual.
Sou da Geração 80, com música lenta no meio dos bailes, com músicos que faziam música e poesia, com conteúdo até hoje real. Não temos mais isso, nem de perto.
Espero de coração que 2013 possa ser um divisor de águas para a humanidade, com mais civilidade, amor ao próximo e respeito com as pessoas, ideias, cores e credos. Que consigamos ver, de fato, um mundo mais socialmente justo, consciente e menos corrupto.
Um grande abraço a todos os meus amigos e parentes.
Um especial aos meus dois tesouros, meus filhos, Fernanda e Gabriel, que são as sementes que deixo nesse mundo de esperança. Eles farão a diferença. Uma diferença ética.
Contagiem seus filhos, neles podemos buscar uma esperança maior e sustentável.

Que venha 2013!!!


E por falar em esperança, esse é o tema de uma poesia conhecida de Mário Quintana, a qual compartilho com vocês...


Esperança
por Mário Quintana

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...