quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Homenagem ao Bom Velhinho

"Feliz Natal, Papai Noel
Que desce ao léu com seu trenó
Com seu trenó trazendo um saco de emoções
Meu desejo é só beleza para os olhos
Alegria e belos sons para os ouvidos
Pras crianças, meu Velhinho, bons desfrutes
E olfato pra sentir leves odores
Feliz Natal, Papai Noel...
Muito tato pra lidar com os amores
Apurado paladar para os quitutes
Pro prazer sexual muita libido
Que a justiça seja nua e sem antolhos
Paz pros nossos corações e um Ano Novo bem melhor
Sonhos de mel, Papai Noel!
Feliz Natal".

Martinho da Vila, "Conversas Cariocas: Crônicas". 

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Novembro é mês de presentes - Parte 2

Hoje é um dia muito, mas muito especial na minha vida. Novembro é um mês abençoado, mês que a vida resolveu me presentear duplamente.
Há exatos 10 anos um desses presentes chegou com toda a energia e o amor que poderia vir. Ganhei meu parceiro de vida, meu amigão, minha inspiração e grande orgulho.
Sempre me sustentei na frase de Charles Chaplin que dizia que um dia sem riso é um dia perdido. E meu presente chegou me mostrando que Chaplin não apenas tinha razão como que com ele esse riso se faz mais intenso. 
Que privilégio ver seu crescimento, meu filho, e seu desenvolvimento.
"Eu me desenvolvo e evoluo com meu filho", parafraseando Marcelo D2.
Com muito amor sua história está sendo construída, amor de seus pais, de sua família e de seus amigos. Amor de muita gente. Amor de sua avó Dotye que se transformou em uma estrela para te iluminar à noite.
Espero de coração que essa data seja sempre festejada e celebrada à altura de todo o amor que a vida lhe dá. Assim como o meu amor maior que eu.
Você é o grande amor que um pai pode ter. Conte com isso, assim com meu apoio em suas futuras decisões e meu respeito pelo homem que se tornará.
Te amo muito Gabriel Baeta!
10 beijos e 10 abraços pelo seu dia. Um Feliz Aniversário Bael !!!!!!! 





sexta-feira, 1 de novembro de 2019

sábado, 5 de outubro de 2019

Lá se vão quase 17 anos...

Hoje se celebra o Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa.
Há quase 17 anos trabalhando no SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), somando RJ e RN, aprendi que essas empresas são responsáveis pela força da economia local. Elas que fazem o nosso país girar, que geram empregos e que oportunizam milhares de sonhos acontecerem.
Sempre trabalhei com desenvolvimento local e nesses quase 17 anos pude me encantar, rir e chorar junto à centenas de empreendedores que pude conhecer e ver quão fortes, determinados e trabalhadores eles são. 
Que o dia de hoje seja celebrado como merece por todos vocês empreendedores rurais e urbanos desse país grande de meu Deus.
Obrigado por permitirem que o SEBRAE faça parte de suas histórias, que são um pouco nossas também!
Salve a Micro e Pequena Empresa brasileira!!!! 


terça-feira, 1 de outubro de 2019

domingo, 1 de setembro de 2019

Ana Primavesi

"Se as pessoas não conservarem as características do ambiente que permitem a vida saudável, se as pessoas não aprenderem a respeitar seu espaço e o espaço dos outros, se não houver compartilhamento e colaboração, e se os lixos e dejetos não forem minimizados e reciclados ou convenientemente tratados, nossa vida se tornará um suplício ou mesmo impossível. A escolha é somente nossa".

Ana Primavesi, "A Convenção dos Ventos: Agroecologia em Contos".

 

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Noel Rosa e Vadico

O samba, na realidade
não vem do morro
nem lá da cidade.
E quem suportar uma paixão
sentirá que o samba então
nasce do coração.

Noel Rosa & Vadico, "Feitio de Oração"

 

domingo, 2 de junho de 2019

Instantes

"Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido, na verdade bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico.
Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida: claro que tive momentos de alegrias.
Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos, não percas o agora.
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um paraquedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve. 
Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo". 

Esse texto foi escrito pelo escritor argentino Jorge Luiz Borges, que faleceu na Suíça em 1987. Encontrei esse texto no textos guardados por minha mãe e com três tópicos anotados à mão:
1. Não tenho 85 anos...
2. Não estou morrendo...
3. Posso mudar minha vida! O que fazer?

As anotações me mostraram muito do que minha mãe viveu em seus últimos anos. Ela só não sabia que estava morrendo.
Amanhã, dia 02/06/2019, completará 2 anos de sua Passagem, e suas reflexões ainda me ensinam a viver melhor. Ninguém sabe a hora da sua partida. Talvez até na própria hora ainda posso haver dúvidas.
Esses dois anos tem sido muito difíceis e dolorosos, sem minhas referências de vida. Mas tenho me esforçado para aprender com os ensinamentos que minha mãe querida me deixou. Acredito que compartilhando-os, quando possível, poderei deixar seu legado à mais pessoas.
Te amo minha mãezinha! Um dia nos encontramos e poderemos saber se pude viver como você gostaria de ter vivido.
Namastê! 

 

domingo, 12 de maio de 2019

Aniversário do Buda Shakyamuni

No Budismo, hoje é um dia especial. Além de celebrarmos mundialmente o Dia das Mães, de acordo com a fase lunar, em 2019, hoje celebramos o Aniversário do Buda Shakyamuni. O dia em que ele se tornou Buda e se tornou um ser plenamente iluminado.
Este é um dia extremamente importante no calendário budista porque nossas ações são 100 mil vezes mais poderosas do que em outros dias.
Mas, para isso precisamos entender quem foi Buda Shakyamuni...


O Buda histórico nasceu em 463 A.C. como Siddharta Gautama, um príncipe em um pequeno reino tribal de Shakya, no sul do Nepal. Tornando-se insatisfeito com a realeza, Siddharta renunciou à sua vida como príncipe e tornou-se um asceta errante dedicado a encontrar a resposta para o sofrimento.
Por seis anos Siddharta viveu uma vida de severa auto-negação e disciplina. Ele esperava que essas práticas lhe proporcionassem o insight que necessitava para encontrar as respostas que buscava. Após seis anos, com seu corpo muito enfraquecido e próximo da morte, ele não estava mais perto de seu objetivo do que quando iniciara. Ele percebeu que a auto-negação era tanto de um obstáculo para alcançar o auto-despertar quanto a autoindulgência.
Recuperando a saúde, ele dirigiu-se para a base de uma figueira e lá ficou sentado em profunda meditação. Removeu todas as distrações de sua mente a acordou para a derradeira realidade. Tornou-se um Buda ou um “Desperto”. A partir dali foi chamado Buda Shakyamuni: o sábio do clã Shakya.
Por compaixão, ele se dispôs a partilhar sua visão. Pelos 42 anos seguintes, Buda viajou através da Índia ensinando as pessoas de acordo com a capacidade de compreensão delas.
Ele elevou gradualmente o nível de compreensão das pessoas a ponto de estarem prontas para receber o ensinamento mais elevado, o Sutra de Lótus. Buda ensinou o Sutra de Lótus nos últimos oito anos de sua vida. Ele faleceu placidamente em um bosque de salas em 383 A.C.



quarta-feira, 1 de maio de 2019

Salve, Salve dona Dotye!!!!

Hoje é um dia histórico e especial para muitos, mas consegue ser mais emblemático e importante para mim. O dia 01 de maio sempre foi uma referência de celebração do aniversário da minha mãe. Ontem perdemos minha maior referência no samba, Beth Carvalho, e hoje minha mãe, minha maior referência na vida, completaria 77 anos, se conosco estivesse.
Ela não curtia a data, e se escondia de telefonemas e cumprimentos nesse dia. Mas eu, como bom implicante, sempre adorei ligar cedo ou acordá-la para dar os parabéns e ouvir suas broncas...kkk
Há dois longos anos de sua Passagem ao plano espiritual, o feriado de hoje será sempre mais longo e difícil, especialmente para mim e meu irmão.
Onde quer que esteja, mamãe, receba meu beijo, meu respeito, minha admiração e toda a minha saudade. Tenho me esforçado aqui para seguir seu legado de ética e amor, e tentado passar para seus netos. Olhe por nós e pelas pessoas que amamos.
Sua missão foi bem cumprida, mas poderia ser mais comprida. Como diz uma música antiga....você não me ensinou a te esquecer. Nem posso. Nem quero.
Te amo, mamãe!

 

Nelson Gonçalves

..."Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã"...

Nelson Gonçalves (trecho da música: Naquela mesa)

Naquela mesa - Nelson Gonçalves

terça-feira, 30 de abril de 2019

Meu samba caiu...

Hoje às 17h33m cavacos, cuícas e pandeiros do nosso Brasil se calaram. Que dia triste. Cheguei em casa arrasado.
Perdemos a madrinha do samba carioca, a maior expressão da música popular brasileira do Rio de Janeiro. Partiu Beth Carvalho, segundo sua família, cercada de amor.
Aprendi a gostar de samba ouvindo sua voz e conhecendo sua atitude. Tive o privilégio de ter sido apresentado à ela ainda mais jovem, quando morava no Largo dos Leões, em Botafogo. Assim como pude assistir à muitos de seus shows e colecionar muitos de seus discos e CDs.
Beth Carvalho nasceu com atitude e samba nas veias e conseguiu, incentivada por seu pai, transformar a dor da época da ditadura no início de sua carreira que inspirou e contagiou tanta gente mundo afora. Sou apenas um de seus milhares de fãs que conseguiu entender que um bom samba é muito mais que um gênero musical. É uma filosofia, um protesto, um ato social, um jeito de ver a vida e uma forma de oração.
Um grande Salve à Beth Carvalho! 
Que sua mensagem seja levada aos quatro cantos desse mundo e acalme nossos corações e mentes. 
Toda solidariedade à sua filha Luana e família.
Descanse em paz, Madrinha do samba. Leve consigo nossas preces e olhe sempre pelo nosso samba.
Que as futuras gerações aprendam com sua história de vida e com as cores de seus acordes!
Namastê!!!!


 

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Memórias Lusitanas: O que Lisboa significa para você?


Em 2014 tive a oportunidade de ir pela primeira vez às terras lusitanas e conhecer o fascinante Portugal, com tantas histórias e contos. Busquei de todas as formas conhecer mais sobre a literatura daquele país que adoro. Em uma dessas pesquisas me vi uma tarde toda sem querer sair da Casa dos Bicos, na Fundação José Saramago, a qual recomendo demais para quem curte. Dos diversos textos que li por lá, um deles gostaria de compartilhar em sua íntegra. E fala sobre a origem de Lisboa e seu encantamento pelo escritor José Saramago...

"Palavras para uma cidade"
José Saramago

Tempo houve em que Lisboa não tinha esse nome. Chamavam-lhe Olisipio quando os Romanos ali chegaram, Olissibona a tomaram os Mouros, que logo deram em dizer Aschbouna, talvez porque não soubessem pronunciar a bárbara palavra. Quando em 1147, depois de um cerco de três meses, os Mouros foram vencidos, o nome da cidade não mudou logo na hora seguinte: se aquele que iria ser o nosso primeiro rei enviou à família uma carta a anunciar o feito, o mais provável é que tenha escrito ao alto Aschbouna, 24 de outubro, ou Olissibona, mas nunca Lisboa. Quando começou Lisboa a ser Lisboa de facto e de direito? Pelo menos alguns anos tiveram de passar antes que o novo nome nascesse, tal como para os conquistadores Galegos começassem a tornar-se Portugueses... Estas miudezas históricas interessam pouco, dir-se-á, mas a mim interessar-me-ia muito, não só saber, mas ver; no exacto sentido da palavra, como veio mudando Lisboa desde aqueles dias.
Se no cinema já existisse então, se os velhos cronistas fossem operadores de câmara, se as mil e uma mudanças por que Lisboa passou ao longo dos séculos tivessem sido registradas, poderíamos ver essa Lisboa de oito séculos crescer e mover-se como um ser vivo, como aquelas flores que a televisão nos mostra, abrindo-se em poucos segundos, desde o botão ainda fechado ao esplendor final das formas e das cores. Creio que amaria a essa Lisboa por cima de todas as cousas. Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória. Memória que é a de um espaço e de um tempo, memória no interior da qual vivemos, como uma ilha entre dois mares: um que dizemos passado, outro que dizemos futuro. podemos navegar no mar do passado próximo graças à memória pessoal que conservou a lembrança das suas rotas, mas para navegar o mar do passado remoto teremos de usar as memórias que o tempo acumulou, as memórias de um espaço continuamente transformado, tão fugidio como o próprio tempo. Esse filme de Lisboa, comprimindo o tempo e expandindo o espaço, seria a memória perfeita da cidade. O que sabemos dos lugares é coincidirmos com eles durante um certo tempo no espaço que são. O lugar estava ali, a pessoa apareceu, depois a pessoa partiu, o lugar continuou, o lugar tinha feito a pessoa, a pessoa havia transformado o lugar. 
Quando tive de recriar o espaço e o tempo de Lisboa onde Ricardo Reis viveria o seu último ano, sabia de antemão que não seriam coincidentes as duas noções do tempo e do lugar: a do adolescente tímido que fui, fechado na sua condição social, e a do poeta lúcido e genial que frequentava as mais altas regiões do espírito. A minha Lisboa foi sempre a dos bairros pobres, e quando, muito mais tarde, as circunstâncias me levaram a viver noutros ambientes, a memória que preferi guardar foi a da Lisboa dos meus primeiros anos, a Lisboa da gente de pouco ter e de muito sentir, ainda rural nos costumes e na compreensão do mundo. Talvez não seja possível falar de uma cidade sem citar quantas datas notáveis da sua existência histórica. Aqui, falando de Lisboa, foi mencionada uma só, a do seu começo português: não será particularmente grave o pecado de glorificação... Sê-lo-ia, sim, ceder àquela espécie de exaltação patriótica que, à falta de inimigos reais sobre que fazer cair o seu suposto poder; procura os estímulos fáceis da evocação retórica. As retóricas comemorativas, não sendo forçosamente um mal, comportam no entanto um sentimento de autocomplacência que leva a confundir as palavras com os actos, quando as não coloca no lugar  que só a eles competiria. 
Naquele dia de Outubro, o então ainda mal iniciado Portugal deu um largo passo em frente, e tão firme foi ele que não voltou Lisboa a ser perdida. Mas não nos permitamos a napoleónica vaidade de exclamar: "Do alto daquele castelo oitocentos anos nos contemplam" - e aplaudir-nos depois uns aos outros por termos durado tanto... Pensemos antes que do sangue derramado por um e outro lados está feito o sangue que levamos nas veias, nós, os herdeiros desta cidade, filhos de cristãos e de mouros, de pretos e de judeus, de índios e de amarelos, enfim, de todas as raças e credos que se dizem bons, de todos os credos e raças a que chamam maus. Deixemos na irónica paz dos túmulos aquelas mentes transviadas que, num passado não distante, inventaram para os Portugueses um "dia da raça", e reivindiquemos a magnífica mestiçagem, não apenas de sangues, mas sobretudo de culturas, que fundou Portugal e o fez durar até hoje. Lisboa tem-se transformado nos últimos anos, foi capaz de acordar na consciência dos seus cidadãos o renovo de forças que a arrancou do marasmo em que caíra. Em nome da modernização levantam-se muros de betão sobre as pedras antigas, transtornam-se os perfis das colinas, alteram-se os panoramas, modificam-se os ângulos de visão. Mas o espírito de Lisboa sobrevive, e é o espírito que faz eternas as cidades.
Arrebatado por aquele louco amor e aquele divino entusiasmo que moram nos poetas, Camões escreveu um dia, falando de Lisboa: "...cidade que facilmente das outras é princesa". Perdoemos-lhe o exagero. Basta que Lisboa seja simplesmente o que deve ser: culta, moderna, limpa, organizada - sem perder nada da sua alma. E se todas bondades acabarem por fazer dela uma rainha, pois que o seja. Na república que nós somos serão sempre bem-vindas rainhas assim.

Fonte: Folhas Políticas 1976-1998. Caminho, 1999, pp 178-182.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Noel Rosa

..."Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo"...

Noel Rosa (trecho da música: Filosofia)

sábado, 16 de março de 2019

Ontem foi celebrado o Dia Nacional da Poesia!

Timidez

Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve…
- mas só esse eu não farei.
Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes…
- palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
- que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando…
e um dia me acabarei.

Cecília Meireles 

 

terça-feira, 5 de março de 2019

Salve o Carnaval! Salve a alegria!

Na antiga política romana do "Pão e Circo", não se falava em política nos espetáculos. Talvez houvesse uma razão nisso, razão que não consideramos mais nos dias atuais.
Bom, na minha humilde opinião, o Carnaval é um momento de alegria e descontração, a política romana na essência, mas de forma consciente. Nos divertimos porque merecemos, por gostarmos, por ser libertador e alegre.
Manifestações políticas, sejam de que bandeira for, deveriam ficar nos outros dias do ano, não aqui. A realidade brasileira está parecendo um Facebook doido para virar Orkut. Só se fala e se discute bandeiras e posicionamentos políticos.
Sou à favor de menos bandeiras e bandeiradas e mais engajamento real e propósitos.
Menos "mimimi" e mais "bóra fazer". 
O bom seria discutir, em uma boa mesa de bar, as inovações dos sambas e baterias. Que bacana ver minha Mocidade introduzir o ritmo gostoso do Timbau em suas paradinhas a la Mestre André, ou a batida do surdo sem resposta da Mangueira, ou o presente que foi ver um exemplo real de empoderamento feminino com a Mestre Thaís Rodrigues, a primeira mulher Mestre de Bateria de Escola de Samba na Feitiço do Rio, que desfilará dia 09 de março pelo Grupo E. Thaís é cria da Rocinha, meu amigo e Mestre Zezinho (Zé Luiz) deve estar contente lá no alto da serra.
Que show ver a Portela homenagear o canto do sabiá de Clara Nunes, a religiosidade dos Orixás no Salgueiro, a elegância do Mestre Casagrande no comando da Bateria da Unidos da Tijuca e tantas outras coisas boas que aconteceram nesse Carnaval.
Ontem, em um bloco de rua em Ponta Negra, aqui em Natal - RN, comentei com Vivi a minha alegria de ver crianças sambando e dizendo no pé. Enquanto isso existir a esperança não estará perdida. A esperança de Charles Chaplin, retratado na minha Mocidade, e quem acreditava na beleza das coisas.
Que nesses poucos dias sejamos mais samba, mais amigos e muito mais amor!
Namastê!!! 



 

sexta-feira, 1 de março de 2019

Arlindo Cruz

..."Pra curar o desamor
e a tristeza afastar,
você que nunca sambou
se liga, tem que sambar"...

Arlindo Cruz, Xande de Pilares e Mauro Jr. (trecho da música: Samba de Arerê)

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Minha esperança se enfraquece...

Muito difícil o momento que vivemos. Não me refiro ao momento político, econômico ou das fases da lua. Me refiro à fotografia atual da falta de solidariedade e pensamento no coletivo que o Brasil vive. E, antes que alguém defenda uma bandeira A ou B, estou falando dos últimos 100 anos.
À cada dia fica mais complicado manter a esperança no nosso país.
Indignação é a palavra que melhor define. Crimes como esses de Brumadinho e de Mariana deveriam ser vistos de outra forma.
Em qualquer país mais sério o país deveria se mobilizar para corrigir o que ficou e evitar que aconteça novamente. Nem uma coisa nem outra foram feitas. O lucro de uns pesa muito mais no Brasil que o bem estar de muitos outros.
O Governo, seja de qual bandeira for tinha de assegurar a correção do efeito gerado pelo crime ambiental cometido. As centenas de famílias que perderam seus sonhos, não perderam apenas casas e vidas, perderam sonhos e sorrisos. Perderam esperança, perderam histórias de vida, perderam tudo.
Seria o momento da máquina do Estado entrar em ação e depois se preocupar em cobrar dos verdadeiros responsáveis essa conta. E não o contrário. Em Mariana foi exatamente o contrário, estão esperando até hoje, 3 anos depois, que a empresa criminosa devolva a dignidade das famílias atingidas. Não pode ser assim.
Temos diversas Embrapas, IBAMAs, Ministérios e outros órgãos públicos que deveriam parar o que estão fazendo ou designar equipes suficientes para equacionar os problemas ambientais e de produção rural nessas regiões. De imediato. Como resgatar a economia local? Como fornecer moradias dignas a essas pessoas e condições de recuperar o que perderam? Depois disso, só depois, é que o Governo deveria ir atrás da empresa e cobrar essa fatura.
Estamos preocupados com a fratura do Neymar, com a eleição na Câmara e no Senado, com os Big Brothers da vida real e não em ajudar quem precisa de verdade. Talvez por isso temos jovens cada dia mais alienados e fúteis, quando deveriam ser mais responsáveis e engajados socialmente.
Quais serão as prioridades nesse momento dos nossos órgãos públicos?
Enquanto a coletividade não for prioritária viveremos no país que gera ações para o próprio umbigo. E, também nesse caso, a conta chega um dia. E chega cara.
Como manter a esperança em nosso país dessa forma? Como?


sábado, 2 de fevereiro de 2019

Um brinde aos meus amigos!

O que seria da vida sem os bons amigos? 
Quer dizer... eu disse BONS amigos? Devo corrigir, não existem bons amigos. Amigo já é um adjetivo dos melhores. O bom mesmo é tê-los.
E quis o destino que eu tivesse muitos amigos, espalhados por esse mundão de meu Deus. O que também é outra coisa boa.
Há amigos de alma, há os que também são parentes, há os amigos de copo, os de samba, os de estrada, os amigos de trabalho, os de estudo, os dos livros, os de garfo, os de prosa e os de verso. E essas diferenças sempre nos dá muitos assuntos e boas risadas. Viva as nossas diferenças!
Uma coisa eles todos têm em comum. São amigos sinceros. Pessoas do bem.
Hoje não é o Dia do Amigo ou o Dia da Amizade, mas bateu um saudosismo de tê-los por perto. Já até me perguntei como seria se TODOS se encontrassem? Talvez não desse certo, mas um bom samba ou um bom rock poderia ser escrito desse dia.
Amigos são pontes para a construção de uma ilha de sentimentos que solidificam o nosso caráter. Pode haver outra definição melhor, mas essa é a minha.
Onde quer que estejam, o que quer que estejam fazendo, gostaria que soubessem o quanto sou grato pelo convívio que tenho ou tive com cada um de vocês. Obrigado por me ajudarem a ser quem eu sou. Mas me refiro à parte boa, a parte ruim é culpa só minha kkk. Não os culpo por isso.
E como já é tradicional, parafraseando um amigo que também é primo:
Beijo pra quem é de beijo, abraço pra quem é de abraço, e beijos e abraços pra quem ficou na dúvida!!!!

Saúde!!!!!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Chico Buarque

..."Eu fui à Lapa e perdi a viagem
que aquela tal malandragem não existe mais"...

Chico Buarque (trecho da música: Homenagem ao malandro)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Ahhhh o verão!

Morando há 10 anos no Rio Grande do Norte posso afirmar que entendo bem de verão.
Sempre gostei muito desse período do ano, mas, por aqui, esse período dura quase o ano todo.
Uma vantagem em relação ao sudeste é que aqui venta bastante. Na terra do sol e dos ventos o calor do verão parece que ameniza um pouco. 
Ou.....amenizava. Que calor é esse? Imagino como deve estar a loucura do Rio de Janeiro com números acima dos 40. Loucura.
Muitas pessoas creem em várias teorias, há quem duvide do aquecimento global, há quem não acredite nos rombos na Camada de Ozônio...enfim. De onde vem essa onda de calor?
Por qual motivo ela se intensifica ano à ano?
Percebeu que passou do momento de refletirmos sobre isso? Qual a nossa parte nisso tudo? Como dar o primeiro passo? Algo tem de ser feito. Um passo de cada vez e de cada um de nós todos juntos já seria um passo gigante.
O tema é antigo, mas o desinteresse ainda é atual.


quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Paulinho da Viola

..."Hoje eu vim, minha nega,
Querendo aquele sorriso
Que tu entregas pro céu
Quando eu te aperto em meus braços"... 

Paulinho da Viola (trecho da música: Coisas do Mundo, minha Nega)