segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Desde que o samba é samba...

Eu amo o Carnaval. 
Essa energia dos blocos de rua do meu RJ, a Mocidade Independente de Padre Miguel e o Império Serrano, essa mistura de futebol com samba, descontração e calor humano, banho de mar e água de coco.
Acho que nasci no samba e no meio dessa mística. Nasci embalado ao som do Cacique de Ramos e do Regional Fundo de Quintal.
Infelizmente esse ano estou mais no sapatinho do que imaginava. Meu susto, um infarte extenso que tive dia 14/01, me fez ficar de molho e, quando muito, assitir a alegria pela TV.
Mas faz parte de um recomeço.
Estou cuidando da saúde física, mental e espiritual para voltar 100% em março e nunca mais passar por isso.
No RJ pude ir à praia, mas rápido, sem mergulhar, sem sair da barraca, sem caminhar muito, sem beber, e um monte de outros "sem".... só para tomar um banho de sal grosso de baldinho!!!! rs Valeu assim mesmo.
Estou aproveitando para colocar minha leitura em dia, estou acabando de ler o presente que ganhei de Ivanna e Ralph, o livro "Desde que o Samba é Samba", do Paulo Lins. Muito bacana e com o enredo da região onde a Apoteose se instalou. 
Ano que vem...bom....aí é outra história. Meu RJ saberá me aguardar no Carnaval.
Poderá ser diferente, sem excessos. Excessos só de alegria e de celebração por uma oportunidade de viver plenamente.
O Império fez bonito e pode até subir. A Mocidade, bem, como diria...não curti muito essa mistura com rock. Muitos elementos de samba-rock poderiam ter sido utilizados. Hoje temos os destaques de Marcelo D2, que faz o rap com o samba, mas temos Sambô mandando bem no quesito. E não foram utilizados.
Serguei não é das melhores imagens a serem exploradas pelo rock. Sem contar que nunca teve afinidade com a Escola. Bacana ver sua energia nessa idade, mas creio que merecia mais. O rock nacional é muito rico em bandas dos anos 80 que expressariam muito mais o Carnaval que as Winehouses da vida, que nem sei se é rock.
O saudoso Mestre André deve ter se revirado todo com essa tentativa de inovar na famosa Bateria Nota 10. Mas não ficou de todo ruim. O pandeiro com a guitarra foi original. Tá certo que até aqui nos churrascos Baeta já tivemos esses elementos juntos, não tão bem tocado o pandeiro (e sim a guitarra!), mas já tivemos!
Pelo menos Fernanda está me representando nos blocos! Meu orgulho!
Gabriel, por aqui em Natal, dá seus passos... mas ainda não curte a muvuca tampouco a mundiça! Um dia ele curtirá.
A Unidos da Tijuca, escola da minha filha, representou bem o Borel, mas foi penalizada pelo preciosismo do gênio Paulo Barros em alguns exageros nos carros alegóricos e pelo azar com alguns integrantes.
Hoje tem Mangueira.
Aqui em Natal o Bloco Poetas, Carecas, Bruxas e Lobisomens se consolida à cada ano. Muito bacana. Não pude ir esse ano, mas vi as reportagens e o destaque do meu amigo "Alberto da Meia Noite".
Ficar um Carnaval sem poder sambar, nem em casa, é duro. Mas será recompensado.

Um brinde (de água de coco) ao Carnaval!



Um comentário: