sábado, 25 de abril de 2020

#nenhumamulhermereceviolência

Ontem assistindo aos pronunciamentos desnecessários em meio à uma pandemia avassaladora que vivemos, um ponto em especial me fez refletir bastante.
Não vou aqui levantar nenhuma cor de bandeira à não ser a do bom senso. 
Uma coisa que precisamos extrair de bom dessa quarentena que estamos impostos é ressignificar as nossas vidas e conceitos. Trazer bons propósitos ao nosso dia a dia e compartilhar mais. Não tem como, sendo eu pai de um menino e uma mulher já (Fernanda já tem maioridade), não me indignar com a postura machista e falso patriarcal de alguém que deveria conduzir o rumo desse país. quando no meio de uma fala supostamente séria diz que seu filho 04 (não tem nome o cidadão da Tropa de Elite ao inverso) "pegou" metade do condomínio onde mora e não lembra os nomes e rostos. E ainda diz mais, que é normal nessa idade. Muitas de suas falas ontem foram absurdas, mas essa é de uma estupidez atroz.
Esse momento de isolamento social tem sido apontado por jornalistas como um período crítico de violência doméstica. Mulheres são agredidas e até mortas em casa.
Como alguém, que deveria dar exemplo, pode assumir tamanha postura machista frente à dados tão alarmantes na nossa sociedade? É pensar em seu próprio ego e não se importar com ninguém mais.
A violência contra mulheres, além de uma grande covardia, deveria ser banida da face da Terra. Mas por sorte existem muitas iniciativas no Brasil para tentar reverter e ajudar essas pessoas que sofrem diariamente. Me assustei quando conheci, hoje pela manhã, uma tabela, que já existe há tempos, chamada VIOLENTÔMETRO. Não sei quem a inventou, mas fez um grande serviço. Pois mostra de forma lúcida o caminho que "pequenos distúrbios" podem terminar. E, infelizmente, geralmente terminam.

São Paulo tem delegacias especializadas preparadas para ajudar mulheres, e agora podem até prestar queixas pela internet, sem sair de casa. Medidas como essas deveriam existir no país todo, em todos os 27 estados da Federação. Assim como iniciativas como uma bem interessante que conheci chamada JUSTICEIRAS DE SAIA - https://www.justicadesaia.com.br - que vale muito a pena conhecer e, quem puder, se engajar. Não conhecia Maria Gabriela, idealizadora dessa e de outras iniciativas. Ainda não a conheço pessoalmente, mas sua biografia merece elogios.
Cito aqui duas de suas frases conhecidas:

"Toda mulher merece ser respeitada pelas suas escolhas.
 Lugar de mulher é onde ela quiser!"

"Empoderamento feminino não significa dar poder para as mulheres. Nós já temos. Significa incentivar as mulheres a usar esse poder, 
fazer suas próprias escolhas e defender seus direitos".

Maria Gabriela Prado Mansur


Voltando ao tema central, o Brasil tem que sair desse período doente muito mais sadio do que estamos. Temos de ser melhores. Sou contra qualquer tipo de violência, ela não pode existir tampouco ser incentivada. Nem direta e nem indiretamente.
Cada um de nós precisa estar atento aos sinais e denunciar, reagir e tentar, como Maria Gabriela, a quem tiro meu chapéu, fazer algo para mudar.
Basta de violência! Não apenas contra as mulheres, mas de gênero, de raça, de credo, de padrão social, de estupidez.....de tudo. Basta! 
 

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