domingo, 12 de setembro de 2010

Minha filha Baeta!!!!

Quando eu tinha 22 anos, e era um estudante de Agronomia, minha noção da responsabilidade de ser pai era muito pequena. Não só pela inexperiência comum à idade, mas por não ter tido uma referência masculina em casa. Como já havia dito, meu pai se foi muito cedo, quando ele tinha apenas 29 anos e eu exatos 1 ano e 3 meses (certo mãe? rs).
Passava a semana inteira na UFRRJ e só voltava ao Rio de Janeiro nos finais de semana. Mas, numa dessas vindas tive uma das notícias que mais impactaram minha história de vida. Algo que mexeu com todas as minhas estruturas e me fez mudar muitos conceitos. Claro que ao longo de um processo de aprendizado.
Soube que um bebê estaria chegando....um bebê de verdade. Que me exigiria responsabilidades, mas que me traria muitas alegrias, como de fato sempre trouxe.

Fui o primeiro a saber o sexo, pois a mãe não queria, preferiu a surpresa. Quando menos se esperava, estavamos todos em uma maternidade no bairro de Botafogo presenciando o nascimento de minha pequena Fernanda. A maternidade parecia um ensaio de escola de samba com tanta gente. Aos poucos aprendi com ela o amor puro e sincero que unem pais e filhos.
Escutei-a dizer papai, lhe ajudei a dar seus primeiros passos e suas primeiras pedaladas de bicicleta. Vi fazer suas primeiras malcriações, a sujar a primeira fralda, a sujar com vontade a segunda e assim por diante.
Hoje, Fernanda além de ser minha filha querida é minha amiga. Tá certo que rebelde e, com 14 anos quase fazendo 15, mais adolescente do que nunca. Menina inteligente, tímida, de personalidade forte, amante de livros e dos filmes antigos (antigos mesmo...adora Audrey Hepburn!, que para implicar chamo de Audrey HappyBirthday), implicante como o pai, adora esportes (pela TV, claro! rs)...ops...esqueci que ela é velejadora e já ganhou medalha e tudo em sua primeira regata. Fernanda gosta das letras e volta e meia escreve em seus blogs temporários. Digo temporários, pois ela é muito ansiosa e rapidamente se enjoa dos blogs e cria um novo. Mas eu registro todos esses textos...um dia publico um livro!!!
Nandinha é minha companheira de implicâncias, risadas e carinhos. Sei que um dia vou lhe faltar, mas onde estiver estarei com ela e olhando por ela.
A distância que nos separa fisicamente, por minha opção de mudança de estilo de vida, nos fere mas fortalece o imenso amor que sentimos. Porém nunca nos separaremos, pois nossa cumplicidade está em nossos corações que sempre estarão conectados.
Tenho muito orgulho dessa minha filha guerreira, minha pequena (já não tão pequena assim!) grande escritora. Fernanda eu só posso dizer-te que te amo, muito, muito e nada nem distância alguma vai nos separar. Nossa saudade é o combustível para nossa relação sincera e intensa.
Sempre conte com seu pai.

Beijos muitos!!!


5 comentários:

  1. Pai, eu te amo muitíssimo também ;)
    Estou morrendo de saudades, de verdade. Acho que sempre terei trauma de distância.
    Eu adorei o texto, sinto-me muito honrada pelo meu pai ter lembrado de escrever e/ou dizer algo que realmente valha a pena. Porque você só me liga, ou só me escreve implicâncias (como você também disse no texto, e o que já era de se esperar). E a propósito, estou pensando em criar outro blog hahahaha.
    Muito obrigada por tudo. Eu tenho muito a lhe agradecer, até porque se não fosse por você, não estaria aqui ;) Me emocionei ao ler o que escreveu. Beijos.

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  2. vou dizer a verdade...chorei um monte lendo o seu texto e agora mais um pouco lendo a resposta da Fernanda. Parabéns meu amigo e irmão! Ricardo

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  3. Ele sabe emocionar como ninguém, né Nanda? E implicar também... Beijos, meu amor!
    Ô, Ricardo, vc deixou seu comentário usando o login da Alline??? Sei não, viu.. tsc, tsc...

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  4. Deve estar sendo muito difícil pra ela estar vivendo tão longe de um pai tão especial, como você.Também fiquei emocionada com este texto...bjs

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