terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Poesias

Um grande poeta e amigo das antigas resolveu registrar na grande rede seus versos em seu novo site.
Carlinhos, Carlos alberto, Cazalberto ou simplesmente Beco foi membro da famosa República na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a República "Éramos Seis".
Bons e saudosos tempos, em que ele, eu, Leandro Xuxa, Ronaldo, Inácio Massao e Ciro, convivemos e aprontamos bastante. Mais tarde houveram outros (des)agregados.
Naquele momento as poesias eram outras, menos harmoniozas e mais etílicas.

Salve Carlinhos!

Segue uma amostra, aspirada daqui.

(Rio, 16 de setembro de 2010)

Não morri, não parti, não me afastei
Estou ainda onde sempre estive
Nas coisas simples e nas complicadas
estou onde sempre me instalei
minha alma sempre bela vive
sou falada, escrita e sou cantada

o mundo mais rápido me olha menos
o tempo apressado tenta me esconder
atravesso no meio, bato na porta e entro
quando preciso me mostrar para você

sou a luz do sol, da lua, da vela na mesa
sou o passarinho e a flor no mato
sou a riqueza de toda natureza
e também sou a pobreza de um barraco

sou mulher, sou homem, sou criança
sou coisa qualquer, sou madrugada
sou cão sem dono e sou bonança
sou o que quiser, o tudo e o nada

quando mal perceber estou contigo
onde menos pensar eu apareço
olhe ao lado e atente seu ouvido
poderá ver o valor que eu ofereço

um segundo, uma vida, um instante
é suficiente pra ver que estou aqui
não me insulte e não despreze minha presença
tudo posso fazer você sentir


Carlos Alberto Pereira Bezerra
 

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